Atualmente, são raras as pessoas que não recebem, diariamente, ligações de datacenters oferecendo empréstimos consignados. Essas chamadas chegam com todos os dados da pessoa contatada: nome, CPF, endereço e informações sobre o órgão empregador.
Muitas vezes, o cidadão não sabe como reagir ou sequer interrompe a ligação.
É preciso perguntar: quem foram os ministros da Previdência e os presidentes do INSS nos últimos anos?
Por que permitiram que os dados dos aposentados e pensionistas fossem fornecidos a bancos e financeiras?
Como a relação entre o órgão que detém o cadastro dos beneficiários e essas instituições evoluiu para essa realidade perigosa e abusiva?
Se a intenção real é resolver o problema, é necessário eliminar esses mecanismos.
É urgente proibir o acesso indiscriminado ao cadastro público de pensionistas e interromper o uso fraudulento dessas informações.
Alguns governadores de partidos de oposição — muitos já pré-candidatos nas próximas eleições — tentam responsabilizar o presidente Lula pela desordem.
Mas será que, em seus próprios Estados, esse tipo de prática também não está ocorrendo?