Além do valuation já feito pelo Goldman Sachs e o que certamente será encomendado pela União, o Estado deveria realizar um chamamento público e internacional para ver o que o mercado estaria disposto a pagar pela mina de nióbio da Codemig.
Uma coisa é certa: o contrato com a CBMM tem que ser revisto, antes da venda ou entrega da estatal mineira.
Além dessa operação, que é urgentemente necessária, é fundamental também, pelo expressivo valor que representa, que Minas Gerais cobre o mineral extraído a maior da reserva de propriedade do Estado e que a CBMM nunca pagou tal diferença.
Pelos números apresentados pelo economista Marco Antônio Castelo Branco, melhor seria a União aceitar a CODEMIG por US$ 6,4 bilhões, como aproximadamente 20% da dívida de Minas, formalizar o PROPAG e, em seguida, mandar o BNDES negociar com os Moreira Sales o valor da empresa.
Se não acontecer o interesse da CBMM, que a União, com seu peso, faça o chamamento público e internacional para venda da CODEMIG e esperar pelo que acontecerá, no mercado brasileiro e internacional.
“Nióbio e terras raras têm preço nas bolsas internacionais, têm representatividade para a indústria moderna o que, nesse momento, forma o quadro ideal, que Minas nunca terá para resolver o impasse de sua dívida”, arrematou Castelo Branco.