A situação envolvendo o uso do cartão de crédito corporativo pelo presidente da CEMIG, Reynaldo Passanezi Filho, tem causado grande desconforto na direção da empresa, comprometendo sua autoridade para exigir dos subordinados o devido zelo com os recursos e o patrimônio da concessionária estatal.
Os valores podem até parecer pequenos — apenas algumas compras no comércio de São Paulo e em Cancún, no México, incluindo gastos em um parque aquático. Mas o problema não está no montante, e sim no simbolismo desses atos.
Em uma estatal onde há um esforço intenso para retirar dos trabalhadores a participação da empresa no custeio do plano de saúde, atitudes como essas são inaceitáveis.
Comenta-se que a substituição de Passanezi já está sendo considerada pelo governador, que tem relutado em tomar a decisão.
Caso ocorra, a mudança deve acontecer dentro da própria diretoria da CEMIG, com nomes que tenham perfil técnico e institucional para assumir a presidência da companhia.
Será?