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Ministério Público de Minas Gerais instaura inquérito  civil contra Prefeitura de Igarapé por irregularidades na saúde pública

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Ministério Público de Minas Gerais instaura inquérito  civil contra Prefeitura de Igarapé por irregularidades na saúde pública
Ministério Público de Minas Gerais instaura inquérito  civil contra Prefeitura de Igarapé por irregularidades na saúde pública
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um Inquérito Civil para investigar supostas irregularidades na rede de saúde pública de Igarapé, município localizado na Região Central do estado. O inquérito visa apurar o não cumprimento da política integral de atendimento às pessoas com deficiência, incluindo aquelas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) do SUS local.

A decisão de abrir o inquérito foi tomada após denúncias de violação dos direitos e do atendimento inadequado a pessoas com deficiência. Um dos casos em destaque envolve um paciente com Síndrome de Leigh, uma doença genética rara que afeta o sistema nervoso central, levando a perda progressiva de habilidades motoras e cognitivas, além de outros sintomas graves, como convulsões e regressão psicomotora.

Este paciente estava em tratamento há 15 anos, mas teve seu atendimento interrompido pela Secretaria Municipal de Saúde de Igarapé em julho de 2024, sem respaldo médico, contrariando a recomendação tanto da médica neurologista que o acompanha, quanto da médica do posto de saúde local. A interrupção do tratamento de fisioterapia motora e respiratória gerou indignação na família, que relatou que a secretaria informou que o paciente precisaria voltar para a fila de espera, sem previsão de quando receberia o atendimento novamente.

A situação foi levada à Câmara Municipal de Igarapé, mas sem sucesso. Após a intervenção do MPMG, o tratamento foi parcialmente retomado em outubro de 2024, embora em desacordo com a prescrição médica, que indicava 12 sessões mensais, enquanto atualmente o paciente recebe apenas duas por mês. A mãe do paciente também teve que recorrer à ação judicial, em busca de garantir os direitos de seu filho a um tratamento integral e digno.

Em resposta à gravidade das denúncias, o MPMG requisitou à Superintendência Regional de Saúde que, no prazo de 90 dias, realize uma auditoria completa na rede de saúde pública de Igarapé. O objetivo é avaliar a eficácia da política de atendimento a pessoas com deficiência no município e verificar a adequação dos recursos, como equipamentos, profissionais e terapias empregadas, além de examinar o tempo de acesso ao atendimento por parte dos pacientes.

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