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CPI das Bets: Virgínia Fonseca nega cláusulas que vinculam remuneração à perda de seguidores em contratos com plataformas de apostas

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Influenciadora tem milhões de seguidores nas redes sociais

A influenciadora digital Virgínia Fonseca, ouvida pela CPI das Bets no Senado, se defendeu das acusações sobre os termos de seus contratos com empresas de apostas online. Ela negou que existissem cláusulas que vinculassem sua remuneração à perda de seguidores, apelidadas de “cláusulas da desgraça alheia”.

Em sua declaração, Virgínia explicou que, ao firmar contrato com a empresa Esportes da Sorte, ela não tinha nenhuma condição que envolvesse a perda de seguidores. “O valor que me pagaram foi baseado no aumento do lucro da empresa, e eu receberia 30% a mais caso dobrasse esse lucro”, afirmou a influenciadora. Ela reforçou que o contrato era de natureza tradicional e sem termos “anormais”.

A convocação de Virgínia pela CPI foi motivada por reportagens que indicaram que ela poderia ter recebido parte da sua remuneração com base nas perdas dos apostadores que utilizavam seu link de indicação. A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke, justificou a convocação destacando a relevância de Virgínia na promoção de casas de apostas online, o que gera impacto no comportamento do consumidor.

Durante o depoimento, Virgínia também foi questionada sobre questões éticas envolvendo a promoção de casas de apostas, um segmento com potenciais implicações sociais. A influenciadora, no entanto, defendeu que a prática é comum no Brasil e ressaltou que, se tivesse rescindido seu contrato, enfrentaria multas milionárias. Ela ainda fez uso de seu direito de permanecer em silêncio sobre questões relacionadas à sua participação no programa de apostas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em sua defesa, Virgínia manteve o direito ao silêncio, conforme garantido por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, que justificou sua decisão com base no direito constitucional de não se autoincriminar.

A CPI das Bets continua investigando as práticas comerciais das plataformas de apostas online, com foco em possíveis regulamentações mais rígidas para o setor.

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Coluna Luiz Tito
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