Fechamento de leitos, falta de insumos básicos de higiene e para tratamentos, sobrecarga dos profissionais e riscos à assistência prestada pelo Sistema Único de Saúde.
Diante desse quadro, surge uma pergunta inevitável: por que o SUS, a Vigilância Sanitária, o CRM, o Ministério Público de Minas Gerais e o Conselho Municipal de Saúde permanecem em silêncio diante de tamanha desordem?
O deputado Lucas Lasmar pôde constatar pessoalmente o fechamento de 12 dos 40 leitos do CTI, por falta de pessoal e de insumos básicos.
O bloco cirúrgico, que conta com sete salas, tem apenas três em funcionamento, também devido ao déficit de profissionais.
Dois blocos hospitalares, com capacidade para 80 leitos, seguem com obras inacabadas desde 2010. Além disso, duas alas com 16 leitos de pós-operatório estão completamente desativadas.
“Também a maternidade enfrenta graves problemas de infraestrutura e pessoal.
Das quatro salas obstétricas, apenas uma possui ar-condicionado funcional; uma das salas está com o aparelho quebrado há dois anos.
No setor, apenas 7 dos 9 técnicos de enfermagem necessários estão em atividade. Já no CTI Neonatal, a proporção de atendimento chega a um profissional para cada cinco bebês – quando o ideal seria um para dois.
Profissionais relataram que, até recentemente, as horas extras estavam suspensas, o que agravou ainda mais a sobrecarga”, registrou o deputado Lasmar.