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Estado divulga avanços na recuperação ambiental do Rio Doce após nove anos da tragédia em Mariana

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Estado divulga avanços na recuperação ambiental do Rio Doce após nove anos da tragédia em Mariana
Estado divulga avanços na recuperação ambiental do Rio Doce após nove anos da tragédia em Mariana
Sisema/Divulgação

Nesta quarta-feira (04), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) disponibilizou, para consulta pública em seu site, um compilado sobre as ações realizadas nos últimos nove anos pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), em resposta ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. O material apresenta um panorama das medidas implementadas pelo Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), que antecede o Novo Acordo de Mariana, firmado em outubro deste ano.

O documento detalha os avanços ambientais alcançados, como a finalização do Projeto de Revitalização da Cachoeira Camargos e o andamento das obras na Fazenda Floresta. Entre as conquistas de 2024, também constam a conclusão dos projetos para fortalecimento da Defesa Civil e a melhoria estrutural das defesas. Essas ações, conduzidas pela Semad, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), destacam-se pelo impacto direto na recuperação socioambiental da bacia do Rio Doce.

Ainda segundo o relatório, houve investimento na reabilitação de fauna silvestre, com recursos direcionados ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para apoio aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). No âmbito de um termo de cooperação entre o IEF e a Fundação Renova, foram entregues o Plano de Manejo e o Plano de Comunicação do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), reforçando a proteção ambiental da região.

Em relação ao saneamento básico, foram repassados recursos para municípios como Mariana, Ipatinga e Governador Valadares, entre outros. Além disso, o monitoramento da qualidade da água e dos sedimentos segue em 102 pontos entre Mariana e o litoral do Espírito Santo, trabalho coordenado por um grupo de especialistas de diversas áreas.

A secretária de Meio Ambiente, Marília Melo, destacou que o caderno é um importante registro dos esforços para restaurar a qualidade ambiental do Rio Doce e devolver o sentimento de pertencimento da população ao rio. O secretário adjunto Leonardo Rodrigues complementou, afirmando que o Comitê Extraordinário de Recuperação Ambiental está empenhado em continuar apresentando resultados para as comunidades atingidas.

O TTAC, assinado em 2016 pelos governos de Minas Gerais, Espírito Santo, União e empresas responsáveis pelo desastre, como Samarco, Vale e BHP Billiton, foi estabelecido para supervisionar as ações de recuperação da bacia. Entretanto, com o Novo Acordo de Mariana, o TTAC foi encerrado, sendo substituído por novas diretrizes para agilizar as compensações e reparações.

O Novo Acordo de Mariana, firmado em outubro, representa um marco ao definir R$ 132 bilhões para ações de reparação e desenvolvimento. Destes recursos, R$ 81 bilhões serão aplicados diretamente em Minas Gerais, com R$ 7 bilhões destinados ao saneamento dos 200 municípios da Bacia do Rio Doce. A expectativa é que essas medidas beneficiem cerca de 1,4 milhão de pessoas com água tratada e melhorem as condições de esgotamento sanitário para 4,83 milhões de habitantes.

Com: Ascom/Sisema 

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