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Especialistas debatem o papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono

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Divulgação/Crea-MG

Nesta terça-feira (22), especialistas de diferentes áreas se reuniram em Belo Horizonte para o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). O evento gratuito teve como objetivo debater inovações e estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, um desafio urgente em meio aos impactos das mudanças climáticas.

O workshop, organizado pelo Grupo de Trabalho “Economia de Baixo Carbono”, contou com discussões sobre o papel das engenharias na adoção de soluções sustentáveis em setores como transporte, indústria, agronegócio e construção civil. Segundo a engenheira mecânica Sírcia de Sousa, coordenadora do grupo, o encontro também abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), previsto no Projeto de Lei 182/2024, atualmente em análise no Senado.

Para Sírcia, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, é fundamental que as engenharias contribuam na elaboração de normas e estratégias de descarbonização. “Os engenheiros desempenham um papel essencial na implementação de soluções de remoção de carbono e na orientação para atitudes menos agressivas ao meio ambiente”, afirmou.

O engenheiro florestal e técnico administrativo Thiago Magalhães Meirele destacou a importância da troca de experiências no workshop para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e protocolos. Segundo ele, o processo de transição para uma economia de baixo carbono exige o envolvimento de diferentes áreas e a conscientização da população. “Esses são problemas coletivos, e se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas, não alcançaremos as metas”, pontuou.

Outro ponto de destaque foi o município mineiro de Extrema, citado como exemplo de sucesso na implementação de políticas ambientais. Desde 2005, a cidade adotou um modelo pioneiro de pagamento por serviços ambientais, incorporando a questão do carbono entre 2015 e 2017. Valéria de Fátima Silva, engenheira florestal da Carbon Flore, ressaltou que o avanço foi possível pelo engajamento voluntário da comunidade antes de se tornar uma obrigação legal.

O engenheiro de produção civil Augusto César da Silva Bezerra, por sua vez, enfatizou o potencial do Brasil no uso de biomassa para a geração de energia limpa. “A energia brasileira é mais limpa do que a média global, mas o desafio é ampliar o uso de biomassa para produção térmica, biocombustíveis e bioenergia”, explicou.

O workshop do Crea-MG reforçou a importância de uma abordagem integrada entre engenharias e demais setores para a construção de um mercado de baixo carbono no Brasil.

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