Muito antes da divulgação das fraudes bilionárias no INSS — que devem, sim, ser investigadas com rigor, para responsabilizar todos os envolvidos —, já havia no IPSEMG (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais) denúncias sérias, atualmente sob análise do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
As acusações envolvem o uso de recursos do Instituto para o pagamento de milhões em contas hospitalares e honorários médicos referentes a atendimentos prestados a pessoas que já não eram mais servidores públicos amparados pela previdência estadual.
São valores vultosos, que exigem explicações.
Outra frente que merece atenção do governador Romeu Zema diz respeito aos pagamentos feitos a profissionais credenciados para prestação de serviços em regime de home office.
Em muitos casos, as ordens de pagamento partem do Judiciário, mas caberia à Procuradoria do IPSEMG contestar valores que, segundo denúncias, são absurdos e beiram o fraudulento.
Zema, antes de criticar os problemas da esfera federal, é necessário investigar a fundo as falhas dentro de seu próprio governo.
Caso contrário, como diziam nossos avós: “o macaco senta no próprio rabo para falar do rabo alheio.”