Todo dia a região metropolitana de Belo Horizonte acorda sabendo de ações do MPF, da Polícia Federal, dos órgãos ambientais de BH e do Estado, cada um deles com uma atividade própria de sua competência, fiscalizando a mineração na Serra do Curral. Primeiro foi a proibição da atividade de mineração, que foi paralisada.
Aí veio a necessidade de retirar as pilhas de rejeitos, diante da ameaça de deslizamento em razão das chuvas: essa ação foi autorizada, para se afastar o perigo à população e à região em torno. Agora, o que se sabe é que os rejeitos não foram retirados e a Mineradora Empabra seguiu com a exploração como se tivesse absolutamente licenciada para retirar carretas e mais carretas de minério, comercializar e entregar esse minério a quem quisesse. Afinal: quem fiscaliza essa joça? Quem está enganando quem?
Em paralelo, quem está ganhando para fazer vista grossa a toda essa tramoia? Agora estão dizendo que a Empabra lesou tanto o meio ambiente, que sua recuperação custaria cerca de R$ 850 milhões; sim, esse é o que seria gasto para recomposição dos biomas afetados. Isso foi em uma semana? Não. Certamente que não. Então, quem não fiscalizou? Ou quem autorizou? E os responsáveis por esse dano, estão soltos, circulando alegremente?