Faleceu nessa quinta-feira, 15, o Dr. José Israel Vargas, cuja vida dedicou ao estudo e ao ensinamento das ciências.
Formado em química pela UFMG, e depois em física, pelo ITA, seu nome está ligado às maiores teses, realizações e conquistas na área das ciências nucleares no Brasil e no mundo.
Professor emérito da UFMG, presidente da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências, ministro de Ciência e Tecnologia nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, José Israel Vargas é uma vida de valores inesgotáveis no segmento das ciências nucleares, no Brasil e no Exterior.
Quando do golpe militar, em 1964, ele foi perseguido da forma mais rude e injusta, tendo que assistir a ocupação de seu laboratório pelo Exército, além de absorver sua demissão do CNEN e pela UFMG, como professor.
Exilado na França, foi convidado a integrar o Centro de Estudos Nucleares do Comissariado de Energia Atômica, em Grenoble.
Não há no Brasil e nos maiores centros de estudos da física nuclear no mundo em que o brasileiro José Israel Vargas não seja uma lembrança de destacado brilho.
Homens assim dificilmente se repõem.