Minas Gerais contabiliza hoje 29.723 pacientes internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 438 mortes registradas — a maioria entre crianças e idosos.
Os dados são oficiais e deveriam acender um alerta máximo entre o governador Romeu Zema, o secretário de Estado da Saúde Fábio Baccheretti e a presidente da FHEMIG, Renata Lelis.
Porém, o que se vê é uma gestão que, diante do caos, opta por decisões questionáveis.
Enquanto unidades como o Hospital Júlia Kubitschek e o Hospital Alberto Cavalcanti enfrentam falta de leitos, de medicamentos e de profissionais da saúde — médicos, enfermeiros e auxiliares —, o governo prefere investir na reforma de telhados, cujas necessidades são, no mínimo, discutíveis.
A escolha por destinar recursos escassos a esse tipo de intervenção expõe uma gestão descolada das urgências da saúde pública.
E um fato em especial chama a atenção: a empresa contratada para a reforma do telhado do Hospital Eduardo de Menezes venceu a licitação mesmo apresentando um preço R$ 2,5 milhões acima do valor proposto por um concorrente.
A pergunta que fica ao governador e seus auxiliares é simples: por quê?
Em meio ao colapso da saúde, as decisões do governo beiram o absurdo.
A população carente, que mais precisa do serviço público de saúde, paga com sofrimento e vidas a conta de uma gestão desumana.