Um grupo de deputados estaduais estará, nesta segunda-feira, 5, às 10 horas, no Hospital Júlia Kubitschek, com a missão de fiscalizar o andamento das obras de reforma do telhado da unidade, contratadas ao custo de R$ 26 milhões.
O Júlia Kubitschek, referência em diversas especialidades médicas — especialmente no tratamento de doenças respiratórias e do aparelho digestivo —, sofre com o descaso da FHEMIG e a falta de responsabilidade da atual gestão estadual na área da saúde.
Relatos apontam a ausência de medicamentos básicos e até de itens essenciais, como sondas nasogástricas, necessárias para aliviar a dor de pacientes internados.
O governador Romeu Zema, em seu discurso habitual, deve alegar que o hospital já se encontrava em péssimas condições, fruto da negligência de administrações passadas.
No entanto, após mais de sete anos de governo, sua gestão ainda não conseguiu sequer nomear os aprovados em concursos públicos para suprir a carência de profissionais — médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, técnicos em radiologia, entre outros.
A suspeita é de que o desmonte proposital da rede pública de saúde esteja sendo promovido para facilitar sua posterior privatização, como quase ocorreu com o Hospital Maria Amélia Lins, salvo por uma intervenção do Ministério Público e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que impediu a entrega da unidade a um consórcio de reputação questionável.