Entre os dias 7 e 11 de abril, na região do Alto São Francisco, o combate ao desmatamento ilegal foi intensificado com a Operação Paineira, deflagrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).

A ação resultou na detecção de 118 hectares de áreas desmatadas nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, além da aplicação de aproximadamente R$ 2,3 milhões em multas administrativas.

As fiscalizações ocorreram nos municípios de Cláudio, Itaguara, Crucilândia e Rio Manso, com base em dados de satélite cruzados com informações da Plataforma Brasil Mais. Essa combinação permitiu identificar regiões críticas sob pressão ambiental. De acordo com a chefe da Unidade Regional de Fiscalização do Alto São Francisco, fiscal ambiental Dalila Mendes Leonardo, a tecnologia tem se mostrado fundamental na identificação e repressão aos crimes ambientais: “Todos os nove alvos da operação foram apontados por imagens via satélite, o que reforça o papel estratégico do monitoramento remoto”.

Além da supressão irregular de vegetação nativa, os agentes constataram o corte e descarte de produtos florestais sem autorização, configurando infrações graves às normas ambientais vigentes.

Operação é parte de esforço contínuo de fiscalização

A Operação Paineira é continuidade da Operação Alerta Desmatamento, além de integrar o conjunto de fiscalizações permanentes conduzidas pela Semad. Segundo Dalila Leonardo, novas ações já estão em fase de planejamento com o objetivo de ampliar a vigilância ambiental na região.

O nome da operação presta homenagem à árvore paineira (Ceiba speciosa), reconhecida como símbolo de resistência e representativa dos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia.

População pode colaborar com denúncias

A Semad ressalta que o apoio da sociedade é essencial na luta contra os crimes ambientais. Denúncias de desmatamentos, queimadas e outras infrações podem ser feitas de forma anônima:

???? Disque 155 – opção 7 (LigMinas)
???? Denúncia online – disponível no site da Semad

A participação ativa da população fortalece o alcance das ações de fiscalização e contribui diretamente para a preservação do meio ambiente em Minas Gerais.