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Agenda inexplicável

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Tem causado constrangimentos um manifesto em favor da Usiminas que, na verdade, toma partido, estranhamente, numa ação judicial que não envolve a empresa, mas sim sua acionista, a ítalo-argentina Ternium-Tecchint contra a CSN-Companhia Siderúrgica Nnacional.

E o pior é que tal manifesto vem sendo divulgado com um timbre de uma tal “Agenda de Convergência Vale do Aço” e, da forma como impresso, faz crer que teria sido assinado ou de autoria de 51 empresas, entidades e instituições como Assembleia Legislativa de MG, Corpo de Bombeiros Militares de MG, Polícia Militar de MG, OAB, Copasa, Cenibra, Unimed, Polícia Civil de MG, Sebrae e até Justiça Estadual. Como tal manifesto faz crítica aberta à decisão do STJ-Superior Tribunal de Justiça a favor da CSN, é difícil de entender a participação dessas instituições nessa empreitada.

A Justiça estadual, uma das signatárias, está contra o STJ? A Assembleia, a Copasa, a Unimed, a Feam, a OAB, idem? É isso mesmo?

Em caso positivo não se recorda de outra iniciativa de empresas e entidades públicas e ligadas ao Estado, adotarem uma posição parcial dessa forma numa disputa entre duas empresas privadas.

O pleito é correto, enquanto estiver fundado na preservação da Usiminas, com sua capacidade e importância como indústria de destaque nas economias mineira e nacional, mas há a necessidade de construção da solução de um impasse entre dois de seus acionistas, que tem a seu serviço, sempre, a Justiça, estruturada na força e na independência de uma legislação própria para ser buscada.

Fora disso, não há razão, e quando ela não está, cumpre apenas ao Judiciário restabelecê-la.

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