A triagem neonatal do SUS em Minas Gerais passou a identificar até 60 doenças raras, com a efetivação da terceira fase do Programa de Triagem Neonatal, lançada nesta semana pela Secretaria de Estado de Saúde em parceria com o Nupad, da Faculdade de Medicina da UFMG.
Com o novo protocolo, recém-nascidos mineiros têm acesso a uma triagem mais abrangente que inclui condições metabólicas, genéticas e infecciosas. O exame deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida e amplia significativamente as possibilidades de diagnóstico precoce e prevenção de complicações graves.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, destacou durante o evento de lançamento que “a maioria dos estados não passou de 12 doenças. Nós já estamos chegando a 60, e isso é um mérito do nosso planejamento, mas, em especial, da UFMG e do Nupad”.
A nova fase contempla mais de 4.100 pontos de coleta em todo o estado, incluindo Unidades Básicas de Saúde e maternidades credenciadas. O investimento anual previsto é de R$ 64 milhões, com impacto positivo estimado na saúde infantil e na redução de custos futuros ao sistema de saúde.
Inicialmente, o Teste do Pezinho investigava apenas duas doenças: fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. Desde 1998, passou a incluir também a triagem para doença falciforme e foi sendo expandido ao longo dos anos. Atualmente, sete doenças compõem a lista obrigatória do Programa Nacional de Triagem Neonatal, cuja ampliação nacional está prevista pela Lei Federal nº 14.154/2021.