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Vereadora de São Paulo, Cris Monteiro, gera polêmica com declaração sobre mulheres “brancas, bonitas e ricas”

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Na última terça-feira, dia 29, a vereadora Cris Monteiro, do partido Novo, causou controvérsia ao afirmar que “mulher branca, bonita e rica incomoda”, em um discurso direcionado a sindicalistas na Câmara Municipal de São Paulo.

Durante a votação sobre o reajuste salarial dos servidores municipais, que estava sendo acompanhada por diversos funcionários públicos nas galerias da Câmara, Monteiro fez uma série de críticas aos protestos e reações dos presentes. Ela iniciou seu pronunciamento pedindo que a vereadora Luana Alves (PSOL) se calasse: “Por favor, Luana, calada. Pode me devolver o tempo. Eu escutei todos vocês”, afirmou Monteiro, visivelmente incomodada. Ela continuou dizendo: “Quando vocês falaram, ninguém nas galerias se manifestou. Agora, quando vem uma mulher branca aqui falar a verdade para vocês, vocês ficam todos nervosos. Por quê? Porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês, mas eu estou aqui representando uma parte importante da população que me elegeu.”

Após a fala de Cris Monteiro, a vereadora Luana Alves reagiu nas redes sociais, ironizando a situação: “Esse é o nível dos vereadores que chamam professores de vagabundos”, escreveu em sua publicação, referindo-se a críticas anteriores feitas por Monteiro a profissionais da educação.

A repercussão do discurso foi imediata, gerando um clima tenso na Câmara Municipal, o que levou à suspensão temporária da sessão. Ao retornar, Cris Monteiro tentou minimizar a situação, dizendo que “lamentava profundamente se alguém em particular se sentiu ofendido”.

O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União), se manifestou sobre o ocorrido, ressaltando que a Casa não tolera manifestações de racismo, mas ao analisar o vídeo do pronunciamento de Monteiro, concluiu que não havia elementos que configurassem crime. Mesmo assim, ele afirmou que a Corregedoria acompanhará o caso para apurar qualquer irregularidade.

A declaração de Cris Monteiro levantou discussões sobre a relação entre gênero, raça e política, além de expor tensões no ambiente legislativo, especialmente em um contexto de debates sobre políticas públicas e direitos dos servidores municipais.

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Coluna Luiz Tito
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