O governador Romeu Zema afirmou, na última quinta-feira, 05, em recente inauguração das instalações da Vale para exploração de mais uma atividade de mineração em Minas Gerais, que “a Vale, hoje, coloca a vida humana acima de tudo”.
Pode ser e quem diz é Zema, que tem lá seus equívocos quando fala qualquer coisa.
A frase traz uma esperança, porque, em dois episódios recentes no nosso Estado, a Vale e sua controlada, Samarco, mostraram pela vida humana o desprezo que matou trezentas pessoas, causou danos ambientais que nunca serão recuperados, às terras, às matas e aos rios mineiros.
Tomara que Zema, agora, esteja certo.
O que o governador deveria ter em mente para aperfeiçoar sua avaliação é que a mineração que faz a Vale interessada está em Minas e não pode sair de lá; se a Vale vai investir R$ 67 bilhões é porque tem que investir no próprio negócio, ela precisa, não tem alternativa e isso não é favor algum para o Estado.
Zema não percebe, ou não tem peito para dizer a verdade ou tem interesse em fazer gentileza com o chapéu dos outros.
O licenciamento para a instalação de uma mineração desse porte deveria receber, como contrapartida, hospitais, escolas profissionalizantes, reforços de segurança pública.
E uma CFEM com alíquotas melhores, pelas quais Zema nunca abre a boca para exigir.
O funcionalismo público do Estado, só recebe o NÃO de Zema, além de promessas não cumpridas que se reduzem a mentiras baratas e uma atitude sempre desrespeitosa.