Ou colar, ou algum prêmio de melhor alguma coisa que nem você mesmo se daria?
Minas Gerais retoma, e essa prática acontece sempre perto dos festejos de Natal, as solenidades de entrega de “diplomas de melhor em”, de “destaque em”, certificados de “excelência por”, que muitas vezes homenageiam figuras que nem elas mesmas sabiam tanto merecer.
A pandemia contribuiu muito para suspender tais concessões e isso deixou menos abastecidos os bolsos de certas pessoas que passam a vida organizando tais festejos; mas a pandemia não foi suficiente para acabar com tais picaretagens e essa gente voltou a trabalhar suas ridículas práticas.
E os jantares de fim de ano em “prol de”, cujos valores mal dão para pagar a própria festa?
Há em Minas dezenas de instituições sérias, que trabalham todos os dias e nos finais de ano mais ainda, a quem podemos ajudar e que não precisam de festas para serem vistas; basta que apresentem o que verdadeiramente fazem.
Há décadas havia em Minas um deputado estadual, o médico José Sette de Barros, muito irônico, que dizia que “se uma medalha dessas cair no chão e, no mesmo momento, uma prata de R$ 0,50, eu não sei qual apanho primeiro”.
Mas a sua ironia não foi suficiente para acabar com essa indústria.
Assim, seguem as festas, sempre com um forte cheiro de naftalina das roupas tiradas do baú, para uso nos dias das entregas.