Se um documento desses vaza, o que mais não está vazando?
E se os “guardiões” do sigilo não conseguem proteger nem suas próprias queixas, como garantir que dados fiscais de empresas e contribuintes estejam seguros?
Minas Gerais é um Estado que sempre usou o argumento do sigilo para justificar a opacidade em benefícios fiscais. Agora, fica claro que o sigilo é seletivo.
Quando interessa ao governo, tudo vira segredo de Estado.
Quando são os próprios funcionários que querem pressionar o governador, o documento escorre pelos cantos.
E aí, senhor Secretário?
Se o sigilo fiscal é tão sagrado, por que esse documento não ficou sob sete chaves?
Ou será que, no fim das contas, o sigilo só protege quem está no topo?
A população mineira, e o Brasil, merecem respostas.
Até lá, fica a dúvida: em quem confiar quando até os fiscais do fisco não conseguem guardar seus próprios segredos?