Na manhã desta quarta-feira (29), o Rio de Janeiro amanheceu em choque após a megaoperação policial que resultou em 132 mortes, segundo a Defensoria Pública estadual. A ação, realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte da capital, é considerada a mais letal da história do Estado.
O governador Cláudio Castro (PL) convocou reunião emergencial com a cúpula da Segurança Pública e deve se pronunciar oficialmente ainda hoje.
Durante a madrugada, moradores relataram a retirada de dezenas de corpos da mata na Serra da Misericórdia. Imagens mostraram uma fila de cadáveres estendidos sob uma lona, cena que intensificou a pressão sobre o governo fluminense.
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou preocupação em comunicado divulgado na rede X (antigo Twitter), afirmando estar “horrorizada” com o número de mortes e pedindo investigações rápidas e eficazes sobre possíveis violações de direitos humanos.
A repercussão também chegou à imprensa internacional. O jornal britânico The Guardian destacou o episódio como “o dia mais violento do Rio de Janeiro”, ressaltando o impacto das ações policiais em comunidades onde vivem cerca de 300 mil pessoas. O governo estadual ainda não atualizou oficialmente o balanço da operação.