Qual é a razão para o Governo do Estado pedir ao Tribunal de Contas do Estado de MG mais 60 dias para liberar as informações sobre as renúncias fiscais que ele administra em petit-comité, e que resultam em bilhões de reais a menos no orçamento público de Minas Gerais?
O vice-governador Mateus Simões já disse que também considera uma questão moral a transparência do ato público, o que não é um favor de sua excelência, por se tratar de um princípio constitucional.
Quando ela não se dá, não se excede quem aí enxergue um deslize moral, uma imoralidade do gestor público.
O TCE-MG já havia determinado que assim se procedesse, certamente, em nome da mesma interpretação.
Há sete anos que a proposta orçamentária e a prestação de contas do Estado de MG vêm sendo aprovadas, cada uma na sua competência, pela ALMG e pelo TCE-MG sem que se saiba quem são, em nome de que e porque assim acontecem, bilionárias renúncias fiscais num Estado que começa o exercício fiscal sabendo que terá R$ 5,5 bilhões de déficit orçamentário.
Vão conceder mais 60 dias?
Esse pedido também partiu daquele fantasma que governa sem ter mandato?
Ou dele partem somente as concessões de renúncias?
A quem querem enrolar e o que pretendem esconder?