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O bobo da corte e o rei: a crônica da facada palaciana nos bastidores energéticos

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Era uma manhã calma no reino energético de Minas, quando uma cena tragicômica tomou conta dos bastidores palacianos: o Presidente da Gasmig, Carlos Cólon, trajado de bobo da corte, empunhava com alegria uma adaga simbólica e fincava-a, com precisão calculada, nas costas do soberano da CEMIG, que, por acaso (ou desgraça), também é presidente do Conselho da Gasmig: o nobre Reynaldo.

A metáfora, claro, nos vem por imagem um retrato tão cênico quanto revelador do teatro institucional em que se transformou o setor de gás canalizado.

Vestido de riso e bajulação, Cólon protagoniza um movimento de bastidor que não surpreende os atentos: a tentativa de se esgueirar pelas cortinas do poder e cair nas boas graças do vice-governador do Estado, frequentando reuniões no Palácio sem que o “Rei” Reynaldo sequer saiba do enredo.

A este ato, alguns chamariam de traição; outros, de cálculo político, remonta a uma velha prática do agora presidente da Gasmig. Durante sua passagem pela SulGas, no sul do país, relatos similares de “punhaladas administrativas” e articulações pelas sombras também eram comuns nos corredores. Cólon, ao que parece, tem longa experiência em virar as costas para aqueles que o alçaram ao trono.

Nos círculos internos da GASMIG, fala-se abertamente que o movimento visa ocupar o trono do próprio Reynaldo, cuja saída da estatal está prevista para abril de 2026.

O que antes era apenas murmúrio virou ato encenado: reuniões paralelas, elogios bem calibrados à atual gestão estadual e, sobretudo, a construção silenciosa de uma narrativa em que o “bobo” se apresenta como o próximo rei.

Enquanto isso, o verdadeiro monarca observa atônito ainda com o cetro nas mãos a cena de ingratidão, já encenada tantas vezes na história política nacional: o afilhado que trai o padrinho, o vassalo que ambiciona o trono, o operador que sorri enquanto afia o punhal.

Resta saber se o público e o Vice-Governador rirão da comédia ou perceberão que, por trás da gargalhada do bobo, esconde-se uma velha artimanha palaciana: a arte de esfaquear sorrindo.

Uma linda história, não?

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