Negar o acesso à saúde é atentar contra a dignidade humana e violar um direito constitucional.
Quando isso ocorre por omissão do poder público, estamos diante de um grave crime contra a população.
No Hospital Júlia Kubitschek (HJK), contratos de técnicos e enfermeiros estão prestes a se encerrar em uma semana.
Em tese, esses profissionais deveriam ser substituídos por aprovados em concurso público, mas enfrentamos dois problemas: o processo de nomeação dos concursados pode levar cerca de 60 dias — tempo exigido pelas formalidades administrativas —, e a adesão dos aprovados tem sido baixíssima, girando em torno de 10%.
O resultado?
Fechamento iminente de leitos de CTI, sem qualquer previsão de reabertura.
Fica a dúvida: estamos diante de uma falha de planejamento grotesca ou de uma estratégia deliberada de sucateamento do hospital?
A situação se agrava com o atual surto respiratório, que tem aumentado drasticamente a demanda por internações.
A FHEMIG, sem ter organizado sua rede com a devida antecedência, agora corre para improvisar a abertura de leitos, em parceria com consórcios municipais.
A pergunta que não quer calar: a direção do HJK está realmente presente no cotidiano do hospital?
A responsabilidade pela vida das pessoas não pode ser negligenciada.