Quando se critica a violência presente em ações das polícias, a reação que se ouve é sempre a de que não se considera o risco vivido pelos policiais no combate ao crime; não é bem assim.
A sociedade, de forma geral, reconhece o que vivem os agentes das forças de segurança, que se entregam ao trabalho sem saber se voltarão para suas casas, para o convívio com suas famílias.
O outro lado da moeda, que são mal respondidas, são as ações mal planejadas, que se orientam pela estupidez, pelo preconceito e pelo despreparo, empregando armas contra pessoas que não têm qualquer relação têm com o que se quer repreender.
Na Bahia, infelizmente isso tem sido comum e no último final de semana, em Caraíva, na zona rural de Porto Seguro, localidade com cerca de mil habitantes, uma ação da polícia para prender um traficante matou um jovem que nenhuma relação tinha com crime algum.
Vitinho, aos olhos de sua mãe, foi preso, torturado e morto pela polícia baiana, sem qualquer reação de sua parte e de sua família.
Luzia, sua mãe, viveu seu dia enterrando o filho.
Todos em Caraíva querem e esperam justiça.
Mas Vitinho, guia de turismo, trabalhador, querido por toda comunidade, está morto.