O debate sobre a privatização da COPASA, uma entrega que muitos deputados consideram como um ato criminoso e atentatório contra o patrimônio público do Estado de Minas Gerais e o interesse coletivo, foi objeto de uma fala com jornalistas do deputado Hely Tarquínio, do PV, que aos 85 anos, exercendo seu oitavo mandato na ALMG, alertou a todos para a injustiça que estará sendo praticada pelo governo de Minas Gerais contra todos os mineiros, ao entregar uma empresa saudável economicamente a grupos privados, exatamente no momento em que em todo mundo se opera o retorno das empresas de saneamento que foram privatizadas, ao controle do poder público.
Para o deputado, em Minas se produz o inverso da experiência mundial.
E não precisamos ir longe: a SABESP, agora privatizada, é um cipoal de problemas os mais diversos, sobretudo em razão da majoração escorchante do valor das contas de água, um bem natural que tem a obrigação de custar o mesmo para todos, pobres e ricos, que têm o direito de acessá-la como um regalo da natureza e, não, como um produto sobre o qual lucram indevidamente empresas privadas, que não têm qualquer interesse social nos seus objetivos.
A postura do deputado Hely Tarquínio, como a sustentada por um pequeno grupo de deputados que formam o bloco de oposição na ALMG deve orgulhar seus eleitores.
Lamentável que o atual governo não tenha respeito em relação a tais posições. Obviamente, com o aval dos demais parlamentares, rotulados pelos menos rigorosos, como “entreguistas”.
Quanta generosidade: são muito piores do que isso.