Ninguém entendeu a posição do vice-governador Mateus Simões, desculpando-se por não poder cumprir seu firme compromisso de tirar do sigilo a relação das empresas beneficiadas com a generosa e abençoada renúncia fiscal concedida pelo governo do Estado, que ele integra, e que no orçamento de 2025, chegará a mais de R$ 25 bilhões.
As propagandas do Estado se orgulham do baixo déficit fiscal de Minas, sem mencionarem os ingressos bilionários da indenização da Vale, na tragédia que matou 272 pessoas.
O caixa de Minas melhorou muito, pagou obras importantes, se pôs no financiamento da construção de infraestrutura nunca imaginada, de hospitais regionais, mas com a dor de 272 famílias.
Sem esquecermos o congelamento dos vencimentos dos servidores, a falta de investimentos em educação, segurança e saúde pública, três faces degradantes da nossa Minas Gerais.
Esperamos que tragédias nunca mais ocorram aos mineiros, como também nunca mais se ocupe do governo de Minas um governicho tão mentiroso e sem projetos como o atual.
Voltando às renúncias fiscais, o sigilo sobre as mesmas decorre de uma Assembleia Legislativa medrosa ou vendida às emendas parlamentares, onde, entre 77 parlamentares não há um capaz de sair do varejo, da pobreza de sua atuação política para liderar um movimento de protesto, exigindo a suspensão desse sigilo e revelar à sociedade, que os elegeu para representá-la, as informações que lhe pertence, constitucionalmente.