A subserviência dos deputados estaduais mineiros ao governo está realçada em dois assuntos importantes, sobre os quais eles estarão votando e aprovando nos próximos dias.
Um deles é a proposta orçamentária, que contém em uma de suas rubricas, a concessão de R$ 25,3 bilhões em renúncias fiscais, que ninguém sabe a quem contemplam, por que e por quanto, nem mesmo quais razões levaram alguém do Estado a chancelá-las.
Triste, não?
Num momento em que governador do Estado e seu vice dizem não haver recursos para pagar a recomposição dos vencimentos dos seus servidores, em especial os da Segurança Pública, que acumulam um rombo nas suas finanças pessoais de 48,5%, mas vão conceder, segundo dizem, a grandes redes de drogarias, a locadoras de veículos, metalurgia, e outros importantíssimos segmentos econômicos que atuam em MG, tais benefícios fiscais. Mas se são tão importantes, por que escondem tanto o que lhes é dado?
Outra decisão, que parece irreversível, é a privatização da COPASA.
Algum deputado sabe quanto vale a COPASA, como empresa, o que compõe seu patrimônio, seu ativo, seu passivo, seus créditos a receber, seu passivo trabalhista, valores em discussão judicial que impactam no valor da empresa?
O que tanto convenceu esses deputados que votaram a favor da privatização, a tomarem essa decisão tão importante para o patrimônio público de Minas Gerais?
Por acaso algum de vocês tem alguma interferência marcante na gestão da COPASA, a não ser -vários de vocês- nela enfiarem seus irmãos, filhos, primos, apaniguados em geral, amigos e eleitores especiais, como assessores?