A ideia do uso dos dividendos da CODEMIG, que decorrem dos contratos com a estatal mineira tem com a CBMM vem sendo visto como pouco viável de se propor e, também, de ser aceito, pelas razões que estendemos abaixo:
1 – Hoje, o Estado de MG já recebe o dinheiro do Nióbio e usa para pagar suas despesas e suas dívidas. Ele recebe diretamente 49% de dividendos da Codemig e 51% através de dividendos da CODEMGE. Para que a União aceite não cobrar juros reais, o PROPAG prevê um pagamento de 20% sobre o valor da dívida, de uma só vez.
2 – Existe um contencioso com a CBMM relativo à cobrança de valor equivalente a 100 mil toneladas de Nióbio extraído a mais da mina da Codemig em relação à mina da CBMM que valem no mínimo USD 1 bilhão. Se o Governo Zema tivesse algum compromisso sério de pagar dívida com a União ele iria atrás dessa grana. Por que não foi? Por que não recorreu ao Judiciário? É o mínimo que ele já deveria ter feito desde 2018. E não fez.
3 – Quem entende dessa dívida de Minas com a União, de todo esse blá-blá=blá que é o assunto do PROPAG, não acredita que tais negociações evoluam esse ano. Impossível que o Governo Federal tenha qualquer interesse em negociar algo razoável com o Governo de Minas Gerais, que além de caloteiro aproveita toda oportunidade para agredir e ofender o presidente da República e sua equipe econômica.