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Endividamento dos consumidores em Belo Horizonte apresenta queda constante em 2025

Essa redução vem ocorrendo de forma contínua desde janeiro, abrangendo inclusive as dívidas mais comuns, como as faturas do cartão de crédito

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Alessandro Carvalho/Diário do Comércio
Pesquisa aponta redução no nível de endividamento dos consumidores em BH

Uma tendência positiva vem se consolidando no cenário econômico de Belo Horizonte ao longo deste ano: o endividamento das famílias da capital mineira apresenta queda persistente, apontam os dados mais recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Segundo o levantamento, realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisado pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG, o índice de endividamento em maio recuou para 86,4%, uma diminuição de 0,5 ponto percentual em relação a abril.

Essa redução vem ocorrendo de forma contínua desde janeiro, abrangendo inclusive as dívidas mais comuns, como as faturas do cartão de crédito. Em abril, o endividamento atingia 87%, e agora se observa uma melhora significativa, refletindo uma recuperação financeira gradativa das famílias belo-horizontinas.

Outro dado importante revelado pela pesquisa é a estabilidade no percentual de consumidores com contas em atraso, que ficou em 52% no último mês, apresentando apenas uma variação marginal de 0,1 ponto percentual. Por outro lado, diminuiu o número de famílias que não terão condições de quitar suas dívidas no mês seguinte, caindo de 23,8% para 21,3%. Também houve redução no grupo de superendividados — aqueles que comprometem mais da metade da renda com dívidas — de 27,6% em abril para 24,8% em maio.

Na avaliação individual, 45,4% dos entrevistados afirmaram estar pouco endividados, enquanto a parcela considerada muito endividada diminuiu de 17,9% para 13,4%. Entre os tipos de dívida, o cartão de crédito segue como o principal compromisso financeiro, mas também registrou queda no endividamento, passando de 95,6% para 94,2%. Similarmente, o uso do carnê apresentou redução, tanto entre famílias com renda de até 10 salários mínimos quanto acima desse valor.

Apesar dos avanços, a pesquisa indica que 44,5% das famílias com contas pendentes estão com dívidas atrasadas há mais de 90 dias, e o prazo médio de inadimplência é de cerca de 62 dias. O comprometimento financeiro dos consumidores permanece elevado, com uma média de 7,7 meses de renda comprometida para saldar dívidas.

Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, avalia que a redução do endividamento é um indicativo positivo para o consumo local. “O recuo do endividamento mostra que as famílias estão mais confiantes para realizar compras, o que pode estimular o comércio de bens, serviços e turismo. Além disso, a melhora na capacidade financeira das famílias contribui para o pagamento pontual das dívidas e a compra à vista, o que fortalece a economia”, afirma.

A trajetória de queda no endividamento reflete, assim, um cenário mais saudável para as finanças dos belo-horizontinos, abrindo caminho para uma retomada mais consistente do consumo e da economia na região.

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