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Professores da Rede Municipal de Belo Horizonte iniciam greve por tempo indeterminado

Decisão foi tomada após rejeição da proposta de reajuste salarial da Prefeitura; categoria exige melhorias na carreira e no ensino

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A assembleia foi realizada na Praça da Estação

Os professores da rede municipal de Belo Horizonte decidiram, nesta quinta-feira (5), iniciar uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada na Praça da Estação, que contou com a presença de mais de duas mil pessoas. O movimento é uma reação ao reajuste salarial proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), considerado insuficiente pela categoria.

A greve foi decidida de forma unânime após a recusa da proposta de aumento de 2,49% apresentada pela PBH, que inclui também a correção do vale-refeição no mesmo percentual, com efeito retroativo a maio. A PBH também anunciou um aumento no valor do vale-refeição para R$ 60, a ser implementado após a aprovação da lei. No entanto, para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede/BH), o reajuste é abaixo da inflação e inferior ao aumento do Piso Nacional do Magistério, que é de 6,27%.

A paralisação, que faz parte da Campanha Salarial 2025 iniciada em janeiro, foi seguida por um ato público que percorreu o Centro de Belo Horizonte até a sede da PBH. Segundo o Sind-Rede/BH, o reajuste oferecido pela Prefeitura é o menor da Região Metropolitana de BH, sendo ainda mais baixo do que o aumento concedido pelo governo estadual, de 5,26%, e pelos municípios da região, como Santa Luzia (8%) e Betim (6,5%).

Para o sindicato, o reajuste proposto não reconhece o esforço e a importância dos profissionais da educação, especialmente considerando o aumento na arrecadação do município e o repasse ampliado de recursos do FUNDEB. O Sind-Rede/BH também critica a gestão dos recursos destinados à educação, afirmando que os investimentos não atendem às reais necessidades das escolas.

A greve é acompanhada de uma pauta de reivindicações prioritárias aprovada pelos trabalhadores, que incluem a recomposição salarial em conformidade com o piso nacional do magistério, a recomposição imediata do quadro de professores, especialmente nas EMEIs, e a adequação da carreira. A categoria também exige redução do número de estudantes por sala de aula, maior tempo de planejamento para os educadores e a garantia de paridade nas recomposições salariais para aposentados.

A greve marca mais um capítulo na luta dos professores por melhores condições de trabalho e valorização da educação pública em Belo Horizonte. A mobilização continua até que as demandas sejam atendidas e a categoria reitera que a educação merece investimentos adequados e a valorização dos seus profissionais.

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