A alta no número de infecções respiratórias levou o Governo de Minas a declarar, na última sexta-feira (02), estado de emergência em saúde pública por 180 dias. Desde janeiro, 98 pessoas morreram em decorrência da covid-19 no estado, segundo a Vigilância Epidemiológica.
A medida, assinada pelo governador Romeu Zema, autoriza ações imediatas como a contratação de profissionais, compra de insumos sem licitação e reorganização dos serviços de saúde. A decisão veio diante da sobrecarga do sistema, especialmente nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim, que já haviam decretado emergência local.
Ao todo, seis municípios mineiros emitiram decretos semelhantes, incluindo Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas — onde a queda de temperatura e a baixa umidade intensificam a circulação de vírus como influenza, VSR e o próprio coronavírus.
Entre os públicos mais afetados estão crianças pequenas. Em Belo Horizonte, os pedidos por internações de bebês de até um ano quase triplicaram entre março e abril, passando de 69 para 196 solicitações semanais. Para crianças de 1 a 4 anos, o aumento foi de 64%.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde indicam que já foram registrados mais de 13,6 mil casos de covid-19 em 2025, uma média de 120 novos diagnósticos por dia. Especialistas atribuem a escalada ao relaxamento nas medidas de proteção e à baixa adesão vacinal.
Diante do cenário, o governo estadual criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-Minas-SRAG), responsável por coordenar as respostas à crise. A Fundação Hospitalar do Estado também lançou um edital para contratar 110 profissionais de saúde em caráter emergencial.
A população é orientada a reforçar os cuidados, com vacinação em dia, uso de máscaras em ambientes fechados e higiene constante das mãos.
Atualizações podem ser acompanhadas no Painel de Monitoramento da SES-MG: www.saude.mg.gov.br.