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Estudo da UFMG aponta impacto financeiro menor que 1% para empresas com implantação da Tarifa Zero em BH

Para os autores, a medida pode ampliar o acesso a trabalho, estudo e saúde, liberando renda para as famílias que gastam mais de 20% do orçamento com transporte

por

PBH

Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que a implantação da tarifa zero no transporte coletivo de Belo Horizonte teria um impacto financeiro médio de apenas 0,91% na folha salarial das empresas da cidade. A proposta, que tramita na Câmara Municipal por meio do Projeto de Lei 60/2025, prevê a substituição do vale-transporte por uma taxa mensal de cerca de R$ 185 por trabalhador, cobrada das empresas a partir do 10º funcionário, com isenção para microempresas de até nove empregados.

Segundo os pesquisadores, a maioria das empresas (mais de 80%) seria beneficiada pela isenção, e o risco de evasão para municípios vizinhos é considerado baixo, devido à rigidez locacional da economia local, especialmente nos setores de comércio, serviços e administração pública.

Além do impacto financeiro reduzido, o estudo destaca que experiências em outras cidades brasileiras com tarifa zero registraram crescimento no número de empresas (7,5%) e no emprego formal (3,2%), além da redução das emissões de gases poluentes. Para os autores, a medida pode ampliar o acesso a trabalho, estudo e saúde, liberando renda para as famílias que gastam mais de 20% do orçamento com transporte.

O projeto ainda aguarda votação no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte, e os pesquisadores recomendam que, caso avance, sejam adotados mecanismos de transparência e monitoramento para garantir a eficácia da política pública.

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Coluna Luiz Tito
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