Não há como ser mais equivocada ou cretina a afirmação do secretário de Estado da Saúde Fábio Baccheretti, em entrevista na qual não explica o fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, paralisado há quase 10 meses para uma reforma que já foi concluída há cinco meses.
O governo Zema abriu uma licitação para entregar o HMAL a um consórcio, mas as condições do contrato foram rechaçadas pelo Ministério Público de MG e pelo Tribunal de Contas de MG. Pelo confronto de datas, o fechamento do bloco cirúrgico já sinalizava uma negociação em curso, e o tal consórcio receberia o HMAL inclusive com o bloco cirúrgico novinho em folha, totalmente reformado, tudo absolutamente de graça, sem pagar um tostão furado pelos equipamentos, instrumental, mobiliário, enfim, tudo que estivesse dentro do HMAL, exceto o prédio, obviamente.
Trata-se da forma mais cômoda de se explorar o negócio e mais: com a clientela já destinada pelo próprio Estado para que o consórcio apenas encaminhasse a fatura dos serviços prestados, ao final de cada mês.