Por incrível que pareça, mas bastou o “influencer” Felca, de quem muitos nunca ouviram falar, colocar nas suas redes na internet a pesquisa que fez sobre “adultização” de crianças e adolescentes para que o Congresso e o tribunais superiores se movimentassem para discutir e aprovar em minutos as novas regras de enfrentamento aos abusos cometidos, de postagens que não respeitam verificação etária, restrições a publicidade e regular a aplicação de multas que podem chegar a R$ 50 milhões nos casos em que tais infrações forem cometidas.
Quantas leis que podem resultar em importância na vida da sociedade que devem estar no mesmo grau de desprezo.
Mas em outras instâncias do Legislativo, muita porcaria passa e vira lei.
Na Câmara de BH, por exemplo, uma proposição que virou lei trata a questão da incorporação às características de BH ser destaque pela prática do “grau”, uma imbecilidade que consiste na manobra do motoqueiro levantar a roda da frente da moto, em plena rua, e andar, geralmente olhando para trás e para os lados, para sentir como está sendo aprovado.
O Hospital João XXIII deve ter equipes especiais dedicadas aos feridos que sobrevivem à prática.
Quem propôs essa bobagem hoje é deputado estadual e tem 70 mil seguidores, certamente do mesmo padrão intelectual que ele.
E nessa semana, também na Câmara de BH, uma discussão foi travada para se estabelecerem regras sobre a adoção de animais domésticos.
Numa cidade, capital do segundo maior Estado da federação, em que há crianças abandonadas dormindo com fome nas ruas, leis desse tipo deveriam gerar advertências, depois multas para, em seguida, promover a perda do mandato.
Do vereador, ou deputado, ou senador e, se possível fosse, suspensão do título de eleitor dos responsáveis pela eleição dos mesmos.