A coluna recebeu nessa tarde o seguinte relato:
“Estou assustada com o que presenciei agora no hospital Júlia Kubitschek. Estávamos na unidade de emergência, que está superlotada por falta de leitos, vários pacientes em macas e cadeiras, já internados, muitos há vários dias; esses pacientes, no entanto, estão internados em macas e cadeiras, colocados nos corredores da unidade de emergência. Ou seja: já constam como pacientes internados em um leito hospitalar. E o mais grave é que a maioria deles são idosos, com 67, 80, 84, 90 anos, além de outros mais jovens, mas também em estado que requer cuidados especiais. Diante da indignação que se observava, os acompanhantes e visitantes chamaram a imprensa, mas, no entanto, foram impedidos de virem até a portaria de emergência para falar com os jornalistas e fotógrafos presentes, sob a alegação de que, se saíssem, não poderiam entrar novamente no hospital. Isto é muito grave, porque além de impedir o direito de ir e vir, também impõem às pessoas indignadas com o péssimo tratamento que recebem, a lei da mordaça. Algo precisa ser feito, porque em todos estes anos de vida hospitalar, nunca vi fatos como esses que temos visto ultimamente. Além de ser mal atendido, ainda é preciso se calar. Esta é a ditadura do governo Zema e a gestão da FHEMIG. DIREITOS HUMANOS JÁ!”
NEUZA FREITAS – Diretora Executiva do Sind-Saúde MG
Conselheira de saúde do HJK