Mas o problema, segundo Lucas Lasmar, é ainda mais grave: foi confirmada também a ausência de insumos básicos em setores essenciais, como o CTI e o bloco cirúrgico.
De acordo com os profissionais, materiais como esparadrapo, micropore e até roupas de cama estão em falta, obrigando pacientes a levarem esses itens de casa.
Parte dos médicos atua como pessoa jurídica (PJ), sem vínculo formal com o hospital, enquanto diversos profissionais aprovados em concurso público ainda não foram convocados.
No CTI, faltam biombos para garantir a privacidade dos pacientes: mulheres, por exemplo, ficam expostas durante o banho no leito, dividindo o espaço com pacientes homens.
A Unidade de Decisão Clínica (UDC) opera em regime de superlotação.
Cerca de 30 pacientes estavam internados em macas nos corredores no momento da visita, aguardando liberação de leitos.
Também foram identificados problemas de acessibilidade e conforto: a ala de pneumologia não comporta cadeirantes nem permite a passagem de macas, e a entrada do pronto atendimento não é coberta, dificultando o acesso em dias de chuva.
Profissionais denunciaram ainda más condições de trabalho, como assédio moral, falta de diálogo com chefias, ausência de vestiários adequados e falhas no sistema de ponto eletrônico.