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O Oboé e o canto da sereia

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Uma matéria divulgada no “Relatório Reservado”, publicação acessada por executivos de todo o país, tem dado o que falar.

A matéria reporta o tal documento intitulado “Manifesto de Apoio à Usiminas e ao Vale do Aço” que, elaborado sob o timbre de “Agenda de Convergência do Vale do Aço”, ataca decisão do STJ em favor da CSN contra a ítalo-argentina Ternium.

Tal manifesto foi desnudado, em primeira mão, aqui no “BEMMINAS”, já que não teria sido assinado pelas 51 empresas e instituições que figuraram no campo destinado à assinatura dos manifestantes. A matéria, satirizando o malfeito, alerta que “Faltou o Oboé na orquestra da Usiminas”.

O Oboé é o instrumento que fica no centro da orquestra e que afina os demais instrumentos, que o acompanham.

A matéria diz não entender a preocupação com a Usiminas, se esta não é parte na ação e se sua acionista majoritária, que é a Ternium-Techint, faturou, só na América Latina, mais de U$ 17,6 bilhões somente no segmento de aço.

Falar que a decisão do STJ prejudica os investimentos na Usiminas é querer tocar o “canto da sereia” sem Oboé.

O Vale do Aço merece mais respeito do que suas entidades, que deveriam estar preocupadas em amparar as centenas de desabrigados e as famílias dos falecidos com as chuvas desse final de semana.

Nesse grave momento da realidade social da cidade, a preocupação com pessoas e suas famílias é mais digna e oportuna do que se imiscuírem em disputas internas de empresas privadas.

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