O problema no Rio é muito maior do que a ocupação de seus morros e comunidades pelo crime organizado, que é imenso, todos sabemos, mas proliferam em outros espaços as práticas de tudo tem que ter grana para andar.
A tal “lei de Gerson” que sugere tentar levar vantagem em tudo está por toda a parte, lá mas em outras partes do Brasil, também.
Exemplo disso vem das pequenas coisas.
Um serviço de vallet que serve ao badalado Sushi Leblon e a outros restaurantes não menos requintados de um dos pontos mais caros do Rio, o Leblon, cobra a “bagatela” de R$ 40,00 para estacionar seu carro.
Até aí, paga quem quer, ou pode, ou precisa.
Mas quando você vai buscar seu carro, o simpático atendente, como acontece com todos estelionatários, informa ao dono do automóvel que, embora na ficha de estacionamento esteja registrado R$ 40,00 o valor são R$ 45,00.
E o motivo é o melhor: “R$ 5,00 são pelo aluguel da maquininha”.
Se você faz contas, se isso lhe ocorrer uma vez por dia, ao final do mês serão quase R$ 1.500 e não percebemos.
O Rio vai precisar de muito mais que megaoperações policiais em comunidades para tentar voltar a ser uma cidade maravilhosa.
Outra prática é a cobrança de 15% (normalmente é 10%) nas contas dos restaurantes, com a justificativa de que esse singelo acréscimo é para ajudar no 13º.
Mesmo assim, bares e restaurantes seguem lotados. Bacana.